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Uso do vidro na arquitetura moderna

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O uso do vidro como material para a arquitetura tem como foco central a comparação entre quatro casas modernas emblemáticas: A Casa de Vidro em São Paulo da arquiteta Lina Bo Bardi, a Glass House do arquiteto Philip Johnson em Connecticut, a Farnsworth House do arquiteto Miss Van Der Rohe em Illinois e a Earnes House na Califórnia.

Casa de Vidro – Lina Bo Bardi

            Lina Bo Bardi (1914 – 1992) é referencia da arquitetura moderna brasileira. Originalmente italiana, chegou ao Brasil nos anos 40. Em 1951 Lina se naturalizou brasileira e inaugurou sua primeira obra construída em São Paulo, a Casa de Vidro.

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A casa flutua em meio a natureza e para tirar o máximo de proveito da vista a casa foi feita com pouca proteção, as grandes janelas não possuem guarda corpo.

O projeto foi dividido em duas partes e ao centro se encontra um pátio que foi mantido com a vegetação local, além de amenização climática possibilita ventilação cruzada e reforça o contato com a natureza. O acesso principal ao andar superior da casa é feito por uma escada com traçado simples, estrutura de aço e degraus de granito.

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A Casa de Vidro foi tombada pelo CONDEPHAAT como patrimônio histórico do estado de São Paulo e é sede do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, abrigando parte da coleção de arte adquirida pelo casal ao longo de suas vidas.

Glass House – Philip Johnson

Philip Johnson (1906 – 2005), norte americano, foi um dos pais da arquitetura moderna e um dos principais arquitetos do século XX, sendo o primeiro a ganhar o Prêmio Pritzker, considerado atualmente o prêmio mais importante da arquitetura mundial. 

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A Glass House, finalizada em 1949, está localizada em um ponto elevado do terreno, sendo invisível quando observada da rua. A casa, feita de pedras e vidros, possui alvenaria apenas no banheiro e a divisão dos ambientes é feita por moveis.

Os vidros foram colocados em toda a fachada para que se tivesse uma vista exterior de 360º e um vislumbre mais direto com a natureza.

Hoje patrimônio histórico nacional, a propriedade, onde o arquiteto morou até o fim da vida, foi doada pelo profissional ao National Trust for Historic Preservation.

Casa Farnsworth – Mies van der Rohe

Mestre da arquitetura moderna, Mies van der Rohe (1886 – 1969), alemão naturalizado americano, foi considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, professor da Bauhaus e um dos criados da International style que é arquitetura marcada pelo racionalismo e geometria clara.

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Um de seus projetos mais relevantes é a casa Farnsworth, construída entre 1945 e 1951, o pavilhão de vidro tira partido de se relacionar com o ambiente natural, as janelas são as responsáveis pelo vinculo da casa com o ambiente externo. Para garantir privacidade muitas arvores que já se encontravam no local foram preservadas servindo também como sombreamento.

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Oito perfis de aço, estruturais e expressivos, suportam o teto e o piso e elevam a casa de possíveis inundações do rio Fox que se localiza a 100 metros da propriedade.

A residência é bastante criticada devido aos seus problemas de conforto ambiental. Atualmente ela pertence ao National Trust for Historic Preservation.

Earnes House – Charles e Ray Eames

Charles Eames (1907 – 1978) e Bernice “Ray” Eames (1912 – 1988) foram um casal de designers norteamericanos, contribuíram para a arquitetura e mobiliário modernos.

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Originalmente a propriedade era conhecida como Case Study House No. 8, a casa moderna era tão agradável espacialmente que se tornou a casa dos próprios arquitetos. A intenção da casa era que o projeto consistisse em materiais pré-fabricados que não interrompessem o terreno, fossem fáceis de construir e exibissem um estilo moderno.

O interior da casa contrasta com o exterior possuindo um ambiente reconfortante com piso de madeira e luz suave, diferente da fachada fria de aço. O uso de materiais naturais no interior aproxima a residência a natureza. Uma fileira de eucaliptos foi plantada na fachada frontal para fornecer sombra e mesclar a residência com o entorno.

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O vidro não é a única relação que esses projetos possuem, eles demonstram o mesmo objetivo de integração com a natureza ao redor, são marcadas pela transparência dos grandes panos de vidro e a leveza das estruturas de aço.

Hoje em dia, outra coincidência, é que as quatro casas servem como espaços culturais, elas próprias são peças de arte com suas estruturas e mobiliários a mostra.

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