Criado para atender a um público seleto do mundo árabe, o produto é vendido em garrafas cobertas por diamantes e rubis

Destino de luxo mais cobiçado do mundo, os Emirados Árabes se transformaram nas últimas décadas em um ícone de modernidade. Prédios futuristas, hotéis setes estrelas e complexos turísticos com ilhas artificiais se mesclam à austeridade do deserto e à ostentação das mesquitas cobertas por ouro, que reforçam a dominante cultura árabe na região. A riqueza audaciosa em meio a construções megalomaníacas enche os olhos.

Nesse cenário, o lançamento da bebida mais cara do mundo no mercado não destoa. A Ruwa, da companhia britânica Beverage Company, chega à região para atender a um público seleto e privilegiado, respeitando as premissas das leis islâmicas com a ausência do álcool. “É a primeira bebida halal (permitida pelas leis islâmicas) de luxo no mercado. Está sendo comercializada para a alta sociedade dos Emirados Árabes, hotéis e outros estabelecimentos como bares e restaurantes”, explica John Edgar, diretor da empresa.

A Ruwa

Bebida não alcoólica aromatizada com flor de sabugueiro e rosas, de aroma suave e sabor encorpado. “É muito diferente de qualquer outra que exista no mercado”, completa Edgar. E é mesmo. A versão prime não sai por menos do que R$ 9,3 milhões. Mas seu preço tem razão de ser. Em uma combinação perfeita de ousadia e arte, a garrafa protagoniza o produto, sendo comparada a uma verdadeira relíquia. Com desenho sofisticado, está confeccionada artesanalmente a partir da lapidação de seu cristal, tornando cada peça única e exclusiva. O glamour fica por conta dos oito mil diamantes incrustados, 200 rubis e duas barras de ouro branco que cobrem o recipiente da bebida.

Vale destacar que a empresa disponibiliza ainda uma versão mais modesta, a Ruwa Special Edition, com um valor de R$ 1,3 milhão. Uma vez comprada a garrafa de Ruwa, o consumidor terá direito a recargas livres, sem limites.
A bebida é uma sacada da empresa britânica, que enxergou uma lacuna importante no mercado dos Emirádos Árabes, dono de um público de altíssimo poder aquisitivo e, em sua maioria, mulçumana. A luxuosa Ruwa veio acariciar a sociedade islamita, que, apesar de não consumir o álcool, tem uma vida social intensa em um País onde reina a ostentação.
Só para se ter uma ideia, Dubai, a mais importante cidade dos Emirados Árabes, não é somente uma das que mais crescem no mundo, como é ainda um epicentro das oportunidades de trabalho e investimento no setor do luxo. A cada semana, trinta novas companhias de alto padrão são inauguradas na região. Certamente a aposta da Beverage Company é certeira. Público para a bebida mais cara do mundo não vai faltar.

Por Tatiana Silvestri