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Sabores da Tunísia apresenta as maravilhas do país

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Na sexta-feira (16), o embaixador da Tunísia, Mohamed Hedi Soltani, apresentou para um grupo de jornalistas azeite, vinho e tâmaras do país. Com apenas um ano no Brasil, Mohamed pretende divulgar os produtos ao mercado brasileiro.

Mohamed mostrando como fica a tâmara coloca sob a luz

“A Tunísia é um país milenar, além das tâmaras Deglet Nour que em português significa  “dedo de luz”,  temos também o azeite orgânico, que já é exportado pelo Brasil, e consumido mundialmente”, ressaltou o embaixador ao grupo de jornalistas.

Marcelo Chaves, Thiago Malva, Daniel Abem, Juliana Viriato, Alex Barros, Cristiane Brasil e Cris Cavalli

Dedo de luz”, faz referência a uma das 300 variedades de tâmaras existentes. É dito que é a “rainha das tâmaras”, ou “um sol em miniatura” pela sua cor dourada, transparente e brilhante, pelo seu sabor doce e ligeiramente meloso.

Isabel Almeida, Mohamed Hedi e Cris Cavalli

Etimologicamente, a palavra degla procederia de Dejla, que é o nome em árabe do rio Tigre, Iraque. Esta variedade provavelmente foi importada há séculos para a região.

Além da Tunísia, é cultivada na Argélia (no Zibans região próxima de Biskra), e nos EUA (Califórnia, Arizona e Texas), onde o clima é similar ao da África do Norte. Segundo o Groupement interprofessionnel des fruits tunisiens, Tunísia é o maior exportador de Deglet Nour.

Vinhos

A Tunísia faz vinho desde que os fenícios fundaram Cartago, por volta de 800 a.C. De 1883 a 1963 o país foi um protetorado da França, e a indústria ainda mantém um acentuado sabor gaulês. Ambos compartilham várias cepas, como Carignan, Grenache, Clairette  Alicante.

O país dispõe de uma excelente variedade de vinhos, uma vez que, ao contrário do resto dos países muçulmanos, na Tunísia é permitido o consumo de álcool. À exceção do vinho de palma (lagmi), os vinhos da Tunísia vêm dos vinhedos da região do norte de Haut Mornag ,tintos e brancos de Koudiat; tintos e brancos de Saint Cyprien: tintos de Thibar; tintos e brancos de Tardi , tintos e muscats de Carthage, de Hassen Bey e de Kelibia.

Entre as diversas marcas destacam os Coteux de Utique, Blanc de Blanc, Les Coteaux de Teborka: Magnon, Koudiat, Clariet de Bizerte. Les Coteaux de Carthage: Chateau Mornagou Haut Mornag. Existem também vinhos espumantes, como o Tardi ou o Cordon vert, de Thibar.

Sob a legislação de 1957, a Tunísia possui um sistema de classificação de 4 níveis: vins de consommation courante, vins superieurs, vins de qualite superieure, e appellation d’origine controlee.

O país está em busca de investidores de vinho. Três quartos da produção estão em poder do Estado, muitas empresas privadas começaram a fazer uso dos vinhedos bem estabelecidos do país, mas ainda há muito trabalho a fazer. Apesar de os rosés leves dominarem a indústria, o futuro da Tunísia provavelmente está em seus saborosos tintos.

 

 

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