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O talento de Bigonha

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Famosa pelas bandas de rock e cantores que revelou ao país, Brasília continua se destacando na música por seus consagrados talentos. Um deles é o pianista e compositor Antônio Carlos Bigonha, cuja profissão é procurador da República, mas desde os Anos 90 se dedica à música instrumental. Seu segundo CD, intitulado “Urubupeba”, é finalista na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira, na categoria Arranjador, pelo trabalho realizado por Dori Caymmi para o álbum. Caymmi irá concorrer, na grande noite de premiação, na próxima quarta-feira, 13 de junho, no Rio de Janeiro, com Gilson Peranzzetta, arranjador do álbum “Iluminado”, de Dominguinhos, e Mário Adnet, pelo trabalho no álbum “+Jobim Jazz”, de Mário Adnet.

“Essa indicação é um reconhecimento não só ao nosso trabalho mas à MPB instrumental”, diz Bigonha. Ele estará na noite de premiação, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, ao lado de Dori Caymmi. O CD “Urubupeba” foi lançado em setembro do ano passado, numa curta temporada de show no Feitiço Mineiro, em Brasília. Além dos arranjos, Dori Caymmi assina também a regência do trabalho. O repertório é composto por uma genuína MPB criada para piano, com acorde de bossa nova e jazz, todas de autoria de Bigonha. São treze músicas, com destaque para a faixa-título, Urubupeba, para Tango Brasileiro e para a canção Valsa do Mar. O vencedor em todas as categoria do Prêmio da Música Brasileira 2012 será conhecido na noite do dia 13 de junho, próxima quarta-feira.

SOBRE O TRABALHO MUSICAL DE BIGONHA
O trabalho de Bigonha vem ganhando destaque no cenário musical. Nana Caymmi gravou uma música de sua autoria, “Confissão”, em seu mais recente disco, “Sem Poupar Coração”, lançado pela Som Livre. Bigonha participou da produção do CD “Flor de Pão”, de Simone Guimarães, lançado com o selo Biscoito Fino, cuja faixa-título do disco é de sua autoria. O trabalho foi indicado ao Grammy Latino em 2009. Em 2004, ele foi o vencedor do IV Festival BDMG Instrumental, em Minas Gerais. Suas músicas recebem influência de compositores que vão de Ernesto Nazaré a Tom Jobim, mescladas ao conhecimento de quem estudou, em sua formação clássica, os prelúdios de Chopin e Debussy.

O músico Antônio Carlos Bigonha tem uma trajetória rara. Formado em piano clássico, ele começou a tocar ainda na infância, a partir dos sete anos de idade. Concluiu a formação em piano na adolescência, ingressou na UnB no curso de Direito e transformou a música num hobby. Nos Anos 90, tornou-se procurador da República e, como integrante do Ministério Público Federal, passou a atuar em ações contra improbidade e crimes do colarinho branco na Capital do país. Na década seguinte resgatou seu talento artístico e começou a compor para piano. Em 2004 lançou seu primeiro disco, “Azulejando” . Ness primeiro CD, ele contou com a participação especial de Toninho Horta, Juarez Moreira, Marina Machado, Flávio Henrique.

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