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B20, Economia e o Meio Ambiente juntos

Donizete Tokarski (Ubrabio)
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A poluição do meio ambiente é uma preocupação em todos os países. E ao abastecer o veículo, o consumidor pode economizar no combustível e também gerar menores índices de poluição. O diesel, combustível de caminhões e ônibus, é o grande vilão da poluição no trânsito. Na composição do diesel há metais pesados, que são altamente nocivos para a saúde. Eles se acumulam no organismo humano e, depois de alguns anos, chegam a causar problemas graves para a saúde. No Brasil, o consumo atual de diesel é de aproximadamente 60 bilhões de litros/ano.

Saúde

O biodiesel, por ser feito a partir das plantas (óleos vegetais) ou de animais (gordura animal), é uma alternativa para ajudar a resolver esse problema. A adoção do combustível renovável, e isento de enxofre nas frotas, melhora a qualidade do ar que a população respira. E o melhor! Sem impactos financeiros para os usuários, uma vez que todo veículo movido a diesel pode ser abastecido com B20 – mistura de 20% de biodiesel no diesel fóssil – sem que sejam necessárias adaptações nos motores.

“Em 1988, por exemplo, o diesel era classificado como provavelmente cancerígeno. Desde 2012, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, em tradução livre – IARC, ligada à ONU, classificou as emissões de motores a diesel como cancerígenas para seres humanos”, informou o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski.

Ainda tratando de saúde pública, em janeiro deste ano, a Associação Norte Americana do Pulmão, no Estado de Illinois, declarou que US$ 1,2 milhão foi economizado na área da saúde em cidades que utilizavam B20. Essa economia deveu-se somente à redução de atendimentos e redução de perdas de dias de serviço por problemas respiratórios.

É lei!

O presidente da República, Michel Temer, assinou o decreto que regulamenta a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). O objetivo do RenovaBio é aumentar a produção de biocombustíveis no Brasil, a fim de que o país cumpra os compromissos assumidos no Acordo de Paris de redução das emissões de gases de efeito estufa.

O biodiesel no Brasil

Desde 1 de março de 2018, todo o diesel comercializado no Brasil conta com 10% de biodiesel (B10), em atendimento à lei 13.263/2016.  Em 2017, o Brasil produziu 4,3 bilhões de litros de biodiesel para atender à mistura obrigatória que era de 8%. Em 2018, a estimativa é de que sejam produzidos 5,4 bilhões de litros
A preços atuais, a produção e o consumo de 5,4 bilhões de litros de biodiesel em 2018 equivale a economia de cerca de US$ 2,8 bilhões na balança comercial brasileira, pois cada litro de biodiesel substitui um litro de diesel de petróleo.

A Capital usa B20

Em Brasília, o uso de biocombustíveis pode ser um exemplo a ser expandido para o resto do país. Quem visitar a capital brasileira, durante Fórum Mundial da Água, poderá circular pelo centro da cidade, em ônibus abastecidos com um combustível mais limpo. Desde janeiro de 2017, uma linha do transporte público é abastecida com B20.

Para vivenciar esta experiência, jornalistas de Brasília foram convidados pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene – Ubrabio, para uma fan tour em ônibus que usa B20. Juntos, participaram especialistas e representantes do governo e setor de transportes, entre eles Donizete Tokarski (Ubrabio), Fábio Damasceno (Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal), Ricardo Gomide (MME), Barbosa Neto (Associação das Empresas de Transporte Público e Coletivo do DF – Transit), Simone Mendonça (Embrapa Agroenergia) e o professor Paulo Suarez (UnB – Universidade de Brasília). O tour passou pela área central da capital. Na rota estavam a Catedral, Esplanada, Estádio Mané Garrincha e Palácio do Buriti.

Barbosa Neto (Associação das Empresas de Transporte Público e Coletivo do DF – Transit), professor Paulo Suarez (UnB – Universidade de Brasília). Donizete Tokarski (Ubrabio), Fábio Damasceno (Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal), Ricardo Gomide (MME) e Simone Mendonça (Embrapa Agroenergia).

Esta é uma iniciativa notável do governo de Brasília e da empresa que opera a linha, a Piracicabana, de reconhecer a importância do biocombustível. “A capital federal é um exemplo, tudo que acontece em Brasília reflete no país todo. Além disso, o problema ambiental é uma questão que atinge a todos. Quando fazemos um benefício ambiental, estamos beneficiando toda a sociedade” comentou Tokarski.

Fábio Damasceno, titular da Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal, afirmou que os motores de todos os ônibus da frota que opera no DF estão aptos receber o B20.

Sobre a Ubrabio
A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) é uma associação sem fins econômicos que representa nacionalmente toda a cadeia produtiva desses biocombustíveis. Desde sua criação, em 2007, a entidade lidera o segmento e atua como interlocutora entre sociedade e governo para mobilizar e unir esforços, recursos e conhecimentos na busca pelo desenvolvimento do setor.

Pesquisa

Dados da Ubrabio estimam que o uso de B20 pela frota urbana de ônibus das 40 maiores cidades brasileiras representaria a redução de 300 milhões de litros diesel na atmosfera e assim, menor efeito estufa.

Para se mensurar, cada litro de diesel é responsável pela emissão de 2,75 quilos de dióxido de carbono (CO2). Assim, o uso de 300 milhões de litros de diesel emite 825 mil toneladas de CO2.

No caso do biodiesel, há redução de 70% dos índices de emissão de CO2 em relação ao diesel. “300 milhões de litros de biodiesel representam 577,5 mil toneladas de CO2 evitadas por ano com o B20 nessas cidades. Isso representa a captura de CO2 equivalente ao plantio de 3,6 milhões de árvores. Só um ônibus usando B20, em um ano, evita em emissão de CO2 o equivalente a 132 árvores”, ressalta Tokarski.

Benefícios

O B20 também reduz em 20% a emissão de material particulado, o que representa 37,5 toneladas de particulados a menos na atmosfera/ano. “Essa redução tem ação efetiva na qualidade do ar que a população respira e, consequentemente, na redução de gastos sociais decorrentes da poluição atmosférica”, informa o diretor-superintendente da Ubrabio.

“É preciso que a sociedade seja informada dessa possibilidade de uso de um combustível sustentável e competitivo do ponto de vista econômico, além de melhorar a qualidade de vida nas cidades”, explica Tokarski.

Dados da Ubrabio estimam que o uso de B20 pela frota urbana de ônibus das 40 maiores cidades brasileiras representaria a redução de 300 milhões de litros diesel na atmosfera e assim, menor efeito estufa.

Para se mensurar, cada litro de diesel é responsável pela emissão de 2,75 quilos de dióxido de carbono (CO2). Assim, o uso de 300 milhões de litros de diesel emite 825 mil toneladas de CO2”, informa o site da Ubrabio.

 

 

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