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Concerto na Embaixada de Portugal em Brasília

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Embaixada de Portugal promove apresentação da Sociedade de Concertos de Brasília
Auditório do Centro Cultural Português Camões | 04 de junho | 20h | Entrada Franca

A Embaixada de Portugal no Brasil e o Centro Cultural Português (CCP) – Brasília / Camões I.P. recebem no dia 04 de junho, às 20H, concerto inaugural da Sociedade de Concertos de Brasília, com entrada gratuita.

Fundada em 2015, a Sociedade de Concertos de Brasília é um ensemble musical formado por alguns dos mais prestigiados músicos de Brasília, que irá apresentar repertório especializado na interpretação e divulgação da música dos séculos XX e XXI.

O grupo tem como diretor artístico e musical o maestro português Osvaldo Ferreira, que irá reger os músicos neste concerto de apresentação. A Sociedade de Concertos de Brasília terá uma formação aberta que permitirá a interpretação de um vasto repertório escrito para este tipo de orquestra e irá conceder um espaço privilegiado para a música contemporânea Brasileira.

O programa inaugural irá prestar uma homenagem simbólica a autores que provocaram grandes mudanças na mentalidade na comunidade musical e criaram novas correntes de escrita, no final do século XIX e início do século XX. Serão apresentadas obras de Richard Wagner(Siegfried Idyl), Claude Debussy (Prélude à L´ après Midi d´un Faune) eAaron Copland (Appalachian Spring).

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Concerto de apresentação da Sociedade de Concertos de Brasília
Local: Embaixada de Portugal | Centro Cultural Português (CCP) Brasília / Camões I.P. – SES Av. das Nações Quadra 801 – Lote 02 – Brasília, DF
Telefone: +55 61 30329636
Horário: 20h
Entrada Franca

ORQUESTRA

Flauta – José Evangelista; Oboé – Luciana Areal
Clarinetas – Marcos Cohen e Renata Menezes; Fagote – Gustavo Koberstein
Trompas – Ellyas Lucas e Anderson Sabino; Trompete – Gedeão Lopes
Trombone – Tiago Poty; Percussão – Carlos Tort
Pianos – Fabíola Pinheiro e Líliam Barros
Violinos – Carolina Frederico, Lilian Raiol, Drime Ribeiro e Billy Geier
Violas – Márcio da Costa e Fábio Pereira
Violoncelos – Augusto Guerra Vicente e Norma Parrot
Contrabaixo – Antoine Espagno

Regência – Osvaldo Ferreira

PROGRAMA

Aaron Copland
n. Brooklyn, EUA / 14 Novembro 14, 1900
m. Peekskill, EUA / 2 Dezembro de 1990

Appalachian Spring (1944) 

Durante a década de 1930, Copland e a célebre coreógrafa Martha Graham  nutriram uma admiração mútua, partilhando os mesmos ideais acerca da expressão simples e natural, na arte. A primeira oportunidade de colaboração artística surgiu quando Elizabeth Sprague Coolidge encomendou a Copland uma obra especificamente para a companhia de dança de Martha Graham.

A obra escrita pelo compositor permaneceu sem nome até que Martha anunciou, pouco antes da estreia, que a mesma teria o título de Appalachian Spring. O bailado tomou este nome a partir de um poema de autor americano Hart Crane (1899-1932). A coreógrafa admitiu que escolheu este título simplesmente porque  gostava do som dele e que o mesmo não tinha qualquer ligação com o local ou com o cenário do balé.

A estreia aconteceu no dia 30 de outubro de 1944, na Biblioteca do Congresso em Washington, DC, com Martha Graham dançando a parte da noiva.

O cenário desenrola-se durante o início do século XIX, na casa de uma fazenda na  Pensilvânia que acaba de ser construída e que será um presente de casamento para um jovem casal.

Copland descreve a sua própria sinopse da obra, dizendo: “A noiva e o jovem noivo agricultor representam as suas emoções, numa mistura de alegria e de apreensão relativas à vida que terão que partilhar em comum. Um velho vizinho dá conselhos e tenta transmitir confiança ao jovem casal, com base na sua longa experiência de vida. Um revivalista e seus amigos lembram aos futuros chefes de família os aspectos estranhos e terríveis do destino humano. No final, o casal é deixado tranquilamente em sua nova casa.”

Musicalmente, a obra desenvolve-se e atinge os seus ápices através de um conjunto de variações sobre o tema Simple Gifts, extraído de um hino originário da comunidade  Shakers, um seita religiosa de New England.

Richard Wagner
n. Leipzig, Alemanha / 22 Maio de 1813
m. Veneza, Itália / 13 de Fevereiro de 1883

Siegfried Idyll (1870)

Já ouviu falar de um presente de aniversário tão belo? O Idílio de Siegfried foi um presente de  agradecimento de Wagner para sua esposa Cosima, tanto pelo amor como pelo dom de um filho, nascido em 1869. A obra foi tocado debaixo da janela do quarto de Cosima, no Natal de 1870. As circunstâncias da primeira apresentação não poderiam ter sido mais românticas, uma vez que Wagner tinha secretamente treinado treze músicos que se reuniram silenciosamente naquela manhã de Natal na escada da casa do Wagner, na margem do Lago Lucern, na Suíça.

Cosima escreveu no seu diário: “Acordei sob um som celestial que penetrava meus ouvidos e os enchia de uma música maravilhosa. Já não poderia ter mais dúvidas de que não estava sonhando! Quando a música se desvaneceu, Richard entrou em meu quarto e ofereceu-me a a partitura deste poema sinfônico de aniversário. Eu estava em lágrimas,  assim como toda a família “.

Atualmente, o Idílio de Siegfried é mais vezes apresentado na sua versão sinfônica.  A ópera Siegfried escrita em 1876, incorpora muitos temas deste poema sinfônico.

Claude Debussy
n. St Germain-en-Lave, França / 14 novembro, 1862
m. Paris, França  / 25 de Março, 1918

Prélude à l’après-midi d’un faune  (1894)

Claude Debussy compôs Prélude à l’après-midi d’un faune entre 1892 e 1894.

Esta obra-prima de atmosfera anunciava o surgimento do estilo maduro de Debussy. O Poeta Stéphane Mallarmé escreveu o poema L’après-midi d’un faune em 1876 e dez anos mais tarde, quando Debussy leu a obra, ele reconheceu nela um estilo similar à sua visão da música.

O poema descreve um fauno ou sátiro, uma criatura preguiçosa e dada aos prazeres carnais. Esta criatura da mitologia clássica era metade homem e  metade bode. Debussy não teve qualquer intenção de relatar o conteúdo integral do poema mas antes, criar uma sucessão de cenas que descrevem os desejos e as fantasias do fauno, durante a sesta, no calor da tarde.

“Então, cansado de perseguir as ninfas e náiades assustadas, ele cede ao sono. “

Música tão livre e sensual como esta nunca tinha sido ouvida antes. Ao observar a partitura desta obra, Ravel comentou; “estou na presença da melhor orquestração jamais escrita, é perfeita”. A qualidade de improvisação é uma das principais marcas de Debussy. Brotando do silêncio surge o solo de uma flauta que  evoca ideias oníricas de Mallarmé, fazendo emergir uma magia melódica maravilhosa. Frases curtas se entrelaçam e se desvanecem em novos temas que surgem  sem qualquer esforço e com naturalidade. Os solos das madeiras são o centro das atenções e a obra se desenvolve num clima de intensa paixão.

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