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Exposição ‘Salvador Dalí-Esculturas-Surrealismo Tridimensional’

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O gênio surrealista Salvador Dalí foi o artista mais visitado em exposições no Centro Georges Pompidou, de Paris (790 mil pessoas em 2012), e no Centro Rainha Sofia, de Madri (730 mil pessoas, em 2013). Este, que foi um dos maiores artistas de todos os tempos, ícone da cultura do século XX, representante máximo do surrealismo (que ele levou a uma projeção global) passeou por várias linguagens artísticas com imensa liberdade e criatividade. A exposição ‘Salvador Dalí-Esculturas-Surrealismo Tridimensional’ entra em cartaz na Caixa Cultural, no próximo dia 15 de abril, com abertura para convidados. A mostra reúne 26 esculturas, das quais 24 foram modeladas em cera pelo próprio Salvador Dalí, no período entre 1970 e 1981. Depois, as peças foram feitas em bronze com a técnica de fundição por cera perdida e passaram a ser conhecidas como Coleção Clot. No total, a Coleção inclui 44 esculturas. Está na exposição de Brasília uma seleção de 26 esculturas de bronze de variadas dimensões – três delas monumentais, com até três metros –, escolhidas a partir da curadoria de Francisco Lara Mora.

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Segundo o curador, a exposição oferece oportunidade rara de conhecer o perfil do Dalí escultor, que ficou obscurecido pela fama do Dalí pintor. Diz Francisco Lara Mora: “O panorama criado pelas esculturas selecionadas para esta exposição nos permite perceber como este artista único e controvertido, prolífico e visionário foi capaz de gerar uma arte perturbadora que atrai os espectadores. Uma arte que explora e expande os limites da consciência e da experiência sensorial e cognitiva, representando imagens inspiradas na história, na iconografia religiosa, na mitologia clássica e, por que não, no fecundo universo daliniano”.

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As esculturas têm temas variados, que vão da mitologia clássica (Ícaro, Mercúrio, Apolo…) à iconografia cristã (Cristo de São João da Cruz, São Sebastião, São João Batista, São Narciso das Moscas, São Jorge). Há também peças cuja temática se espalha por toda a obra de Dalí (Gala, Dom Quixote, Trajano, Cavalo) e temáticas novas, nas quais o artista obtém, a partir do surrealismo, um resultado simbólico importante (Tripas e Cabeça, Broche de Okinawa, Elefante Cósmico).

Curiosa é a própria história da concepção da Coleção Clot. Segundo contou o escritor e produtor de cinema Roberto Descharnes, no livro Dalí Sculptures & Objects, publicado em 2004, Salvador Dalí modelou pessoalmente todas as esculturas que integram a coleção. Durante o verão, em sua casa em Port Lligat, na Catalunha, ele aproveitava o horário do almoço para ir para o sol e, com a cera amolecida pelo calor, esculpia as obras-primas que integram a exposição.

Devido ao fato de terem sido criadas pelas próprias mãos do artista, estas esculturas são consideradas por nomes como Albert Reynolds Morse, colecionador de arte, empresário e filantropo (fundador do Museu Salvador Dalí em São Petesburgo, Flórida-USA), como “o único grupo de esculturas que deve ser correta e honestamente descrito como Esculturas originais de Salvador Dalí”.

A Coleção Clot ganhou seu nome quando, em 1973, Dalí conheceu o dono de uma galeria de Madri, Isidro Clot, que resolveu reunir as peças que Dalí tinha começado a modelar em cera. Como primeira parcela do pagamento, Dalí recebeu um quadro de Goya pelo qual havia se apaixonado. Durante todos os anos subsequentes, até 1981, o colecionador e empresário recebeu as esculturas feitas em cera. O artista só deixou de modelar em cera após a morte de sua amada esposa Gala, em 1982. Dizia Isidro Clot: “Todas elas têm as digitais de Dalí.” A coleção que veio a ser conhecida como “Esculturas de Dalí-Coleção Clot” foi exposta pela primeira vez em Madri, em dezembro de 1986, dois anos antes da morte do artista.

Serviço:
Exposição ‘Salvador Dalí-Esculturas-Surrealismo Tridimensional’
De 16/04  a 15/06 (terça a domingo), das 9h às 21h
Local: CAIXA Cultural Brasília- SBS Quadra 4 Lotes ¾
Informações: 3206-9448 /3206-9449
caixacultural.df@caixa.gov.br
Classificação livre.

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