Espumante brasileiro, imbatível!
Produção pelo método tradicional, conhecido como Champenoise, mesmo da Champagne, chamou atenção e dominou com o maior número de rótulos. Vinícolas pequenas conquistaram várias medalhas no 2º Prêmio Brinda Brasil do Espumante Brasileiro.
texto: Cris Cavalli e Rodrigo Leitão (fotos: Cris Cavalli)
Os espumantes brasileiros, que já são considerados entre os melhores do mundo, e imbatíveis em custo-benefício, estão ainda melhores. Isso pôde ser constatado pelos jurados da segunda edição do Prêmio Brinda Brasil do Espumante Brasileiro, na terça-feira, dia 20 de junho, no restaurante Chicago Prime Parrilla, na 114 Sul, em Brasília-DF.
Dois juris, um Técnico, formado por especialistas, sommeliers e professores de enologia, sendo eles Elza Nóbrega, Sérgio Pires, Leonildo Santana, Antonio Coelho, Rachel Alves, e outro, Enófilo, integrado por jornalistas, formadores de opinião e donos de restaurantes, composto por Rosano Garbin, Ricardo Jatoba, Ana Carolina Lemos Chaer, Gabriela Valente e José Carlos Vieira, que juntos analisaram 51 mostras de 18 vinícolas dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Foram premiados 21 rótulos por cada júri, em sete categorias (Nature\Extra Brut, Brut Branco Charmat, Brut Rosé Charmat, Brut Branco Champenoise, Brut Rosé Champenoise, Demi-Sèc e Moscatel), com medalhas de Ouro, Prata e Bronze.
O diretor do site Decantando a Vida, gastrólogo, sommelier e jurado de vinhos, Antônio Coêlho, ressaltou que, nos últimos nove anos, a média dos vinhos nacionais nunca ultrapassou os 86 pontos. Essa nota, segundo ele, está abaixo da aferição no Brinda Brasil.
A vinícola que conquistou mais medalhas foi a Cooperativa Garibaldi, de Garibaldi (RS). Seus espumantes conquistaram 4 medalhas do Júri Técnico (3 de ouro e uma de prata).
Este mesmo júri concedeu 3 medalhas ao enólogo Adolfo Lona (uma de prata e 2 de bronze). No Total, a Garibaldi ficou com 7 medalhas e Adolfo Lona com seis. Segundo o idealizador do Brinda Brasil e um dos organizadores do evento, o jornalista e sommelier Rodrigo Leitão, a formatação de um prêmio com dois juris possibilita as análises clínica e do paladar. “O júri técnico analisa friamente, baseado em dados científicos. Já os enófilos representam o paladar médio do consumidor e julgam se gostam ou não. Isto é inédito em premiações como estas e assim damos ao produtor uma resposta técnica e de consumo aos seus espumantes”, explica o organizador.
Rachel Alves, eleita presidente do júri de avaliação do Prêmio Brinda Brasil ainda ressalta: “Estamos aqui falando da feira Brinda Brasil, a maior feira de vinhos espumantes nacionais que desde 2011 vem divulgando este produto aqui em Brasília, e nós, da Confraria Amigas do Vinho, desde aquele ano, vimos acompanhando, prestigiando e apoiando o evento. E eu, mais uma vez, tive o prazer de participar do júri que selecionou os 10 melhores espumantes nacionais. Foram analisados 51 amostras de vinhos espumantes e, para mim, não é nenhuma surpresa a qualidade que o vinho espumante vem alcançando a cada safra. Haja vista que, em 2012, eu publiquei o livro “Espumantes, show de borbulhas”, no qual já falávamos do “case” de sucesso das borbulhas nacionais que têm ganhado prêmio mundo afora, inclusive em concursos dentro da região de Champagne/França. Então, me sinto privilegiada de ter sido convidada para participar do júri de qualificação e seleção dos vinhos do ‘maior salão de vinhos espumantes brasileiros’, o Brinda Brasil! E ainda mais enaltecida por ter sido convidada para ser a Presidente da banca do júri. Muita responsabilidade! Mas muito fácil, doce e prazeroso, uma vez que ocorreu tudo com muita lisura, seguindo corretamente as regras da avaliação dos rótulos participantes. Meu agradecimento público aos organizadores do Brinda Brasil, Cris Cavalli, Emília Carvalho e Rodrigo Leitão. Sucesso a mais uma edição. Brinda Brasil! Brinda Brasília!
O júri atribui notas aos vinhos espumantes degustados a partir da avaliação das características organolépticas (aspectos visual, olfativo, gustativo e tátil (boca). Esta degustação acontece “às cegas”, isto é, sem saber qual é o vinho, quem o produtor, de qual região, etc. (vejam nas fotos que as garrafas estão revestidas com papel laminado).
Para atribuir pontos e padronizar os critérios a serem avaliados, o jurado preenche uma ficha de avaliação individual para cada vinho espumante provado.
JÚRI TÉCNICO – 21 MEDALHAS – EMPATE NO BRONZE DEMI SEC
NATAURE – EXTRA BRUT – POR ULTIMO ROSÉ
Valmarino Churchill 70 62 90 86 68 = 376 OURO
Calza Nature 73 60 85 77 74 = 369 PRATA
Adolfo Lona Pas Dosé Nature 75 57 87 71 79 = 359 BRONZE
BRUT BRANCO CHARMAT – PRIMEIRO CHARDONNAY (12)
Garibaldi Chardonnay 85 66 89 75 80 = 395 OURO
Barcarola Brut 78 73 90 74 75 = 390 PRATA
DOM Brut 82 68 90 72 77 = 389 BRONZE
BRUT ROSÉ CHARMAT (8)
Garibaldi Vero Rosé 78 70 91 70 86 = 395 OURO
Dal Pizzol Brut Rosé 80 71 91 70 82 = 394 PRATA
Adolfo Lona Brut Rosé 75 74 90 60 86 = 385 BRONZE
BRUT BRANCO CHAMPENOISE (12)
Cave Antiga Chadonnay 91 78 92 92 78 = 431 OURO
Adolfo Lona Brut Champenoise 97 72 88 83 90 = 430 PRATA
Dall Pizzol Traditionelle 85 81 91 75 90 = 422 BRONZE
BRUT ROSÉ CHAMPENOISE (2)
Viapiana 387 Dias 86 81 86 84 77 = 414 OURO
Estrelas do Brasil Pinot Noir 86 52 85 78 84 = 385 PRATA
DEMI SEC (4)
Garibaldi Demi Sec 86 78 85 83 82 = 414 OURO
Le Chasseur Demi Sec Riesling Villaggio Grando 81 63 88 82 78 = 392 PRATA
Salton Série Demi Sec 72 67 89 73 72 = 373 BRONZE
Adolfo Lona Demi Sec 72 66 87 69 79 = 373 BRONZE
MOSCATEL (8)
Dádivas Lídio Carraro 94 83 90 90 86 = 443 OURO
Garibaldi Moscatel 86 75 90 89 87 = 427 PRATA
Panceri Moscatel 84 75 91 92 82 = 424 BRONZE
JÚRI ENÓFILO 21 MEDALHAS
– EMPATE NA PRATA DEMI SEC
NATAURE – EXTRA BRUT – POR ULTIMO ROSÉ (5)
Zanella Nature – OURO
Adolfo Lona – PRATA
Valmarino Churchill – BRONZE
BRUT BRANCO CHARMAT – PRIMEIRO CHARDONNAY (12)
Dadivas Brut 96 – OURO
Garibaldi Vero Brut – PRATA
Barcarola Brut – BRONZE
BRUT ROSÉ CHARMAT (8)
Garibaldi Vero Rosé – OURO
Valmarino Brut Rosé – PRATA
Dal Pizzol Brut Rosé – BRONZE
BRUT BRANCO CHAMPENOISE (12)
Salton Evidence – OURO
Viapiana 575 – PRATA
Panceri Brut Champenoise – BRONZE
BRUT ROSÉ CHAMPENOISE (2)
Viapiana 387 Dias – OURO
Estrelas do Brasil Pinot Noir – PRATA
DEMI SEC (4)
Salton Série Demi Sec – OURO
Garibaldi Demi Sec – PRATA
Le Chasseur Demi Sec Riesling Villaggio Grando – PRATA
Adolfo Lona Demi Sec – BRONZE
MOSCATEL (8)
Cave Antiga Moscatel – OURO
Dádivas Lídio Carraro – PRATA
Faces Moscatel Lídio Carraro – BRONZE
Vinícola mais premiada – Garibaldi – 7 medalhas 4 de ouro e 3 de prata
Enólogo mais premiado – Adolfo Lona – 6 medalhas, 2 de prata e 4 de bronze
RANKING POR VINÍCOLA
Adolfo Lona
Pas Dosé Nature – PRATA
Brut Champenoise – PRATA
Pas Dosé Nature – BRONZE
Brut Rosé – BRONZE
Demi Sec – BRONZE
Demi Sec – BRONZE
Barcarola
Brut – PRATA
Brut – BRONZE
Calza
Nature – PRATA
Cave Antiga
Moscatel – OURO
Chadonnay – OURO
Dall Pizzol
Traditionelle – BRONZE
Brut Rosé – PRATA
Brut Rosé – BRONZE
DOM
DOM Brut – BRONZE
Estrelas do Brasil
Brut Pinot Noir – PRATA
Brut Pinot Noir – PRATA
Garibaldi
Demi Sec – OURO
Vero Rosé – OURO
Vero Rosé – OURO
Chardonnay – OURO
Moscatel – PRATA
Vero Brut – PRATA
Demi Sec – PRATA
Lídio Carraro
Dádivas – OURO
Dadivas – OURO
Dádivas – PRATA
Faces Moscatel – BRONZE
Salton
Evidence – OURO
Série Demi Sec – OURO
Série Demi Sec – BRONZE
Panceri
Moscatel – BRONZE
Brut Champenoise – BRONZE
Viapiana
387 Dias – OURO
387 Dias – OURO
575 Dias – PRATA
Valmarino
Churchill 70 62 90 86 68 = 376 OURO
Churchill 74 75 63 67 62 = 341 BRONZE
Brut Rosé 94 70 79 72 75 = 390 PRATA
Villaggio Grando
Le Chasseur Demi Sec Riesling 81 63 88 82 78 = 392 PRATA
Le Chasseur Demi Sec Riesling 77 78 76 76 79 = 386 PRATA
Zanella
Nature – OURO
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