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Embaixadora da Noruega festeja Noite do Bacalhau

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A Noite do Bacalhau já virou uma tradição no calendário diplomático da cidade. A festa acontece todos os anos entre os meses de maio e julho para celebrar o peixe mais amado do Brasil: o Bacalhau da Noruega.

Este ano, a festa acontece no Clube das Nações, hoje, 27/06, e  quem se encarregará do cardápio do evento é o buffet Fernanda Oliva Buffet, que há vinte anos atua na cidade. Nesta edição, em vez de empratados, teremos um jantar sentado.

  Os pratos foram cuidadosamente aprovados pela embaixadora, que está encerrando seu posto em Brasília no mês de agosto.

Por isso, a tradicional Noite do Bacalhau, organizada anualmente pela Embaixada da Noruega em Brasília, será duplamente especial porque marca a despedida de Aud Marit e a comemoração do aniversário dos 175 anos de amizade entre Brasil e Noruega, uma parceria nascida em 1842 quando a primeira leva de bacalhau foi enviada para o Brasil.

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Embaixadora da Noruega Aud Marit Wiig

A decoração fica a cargo de Maria Palhares, da Table Parfaite.

HOMENAGEM – O tema sugerido para a Noite do Bacalhau de 2017 é “Quem quer bacalhau?! Os 175 anos de amizade entre Brasil e Noruega”.

A frase “Quem quer bacalhau?” foi imortalizada pelo grande comunicador e apresentador carioca,  José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha que, este ano, completaria 100 anos de idade.

Chacrinha faz parte da história da TV brasileira. Entre os anos 50 e 80, manteve um programa de auditório no qual apresentava nomes hoje conhecidos da música nacional e promovia novos cantores em seu show de calouros.

Frequentemente, Chacrinha distribuía bacalhau para seu auditório, lançando o peixe para quem estivesse na plateia, o que causava um verdadeiro frisson.

TRADIÇÃO– A Noite do Bacalhau foi criada pelo Conselho Norueguês da Pesca (CNP) em comemoração ao sucesso do produto norueguês que é vedete na mesa do brasileiro, principalmente, em datas festivas como a Páscoa e o Natal.  

O CNP tem escritório de representação no Rio de Janeiro desde 1993 para acompanhar de perto e incrementar cada vez mais essa amizade. “Um terço do bacalhau da Noruega seco e salgado é exportado para o Brasil”, ressalta Vasco Duarte, assessor de Marketing do Conselho.

Em novembro de 2015, o comércio de bacalhau da Noruega para o Brasil ganhou um impulso ainda maior com a visita do príncipe herdeiro Haakon (fotos pelo link:  http://www.royalcourt.no/fotoalbum_presse.html?tid=71551&sek=29785&kategori=113149 ).

TIPOS DE BACALHAU – O bacalhau de verdade é chamado de Gadus Morhua, usado na tradicional bacalhoada. Mas o brasileiro também aprecia muito o Saithe, o Zarbo e o Ling, que são pescados tipo bacalhau. O Saithe é indicado para o preparo do bolinho de bacalhau; já o Ling fica melhor em assados e grelhados. Para pratos desfiados, os caldos e pirões, a dica é o usar o Zarbo.

Gadus morhua é o legítimo bacalhau originário das águas frias e cristalinas dos mares que circulam o Pólo Norte e que  garantem a qualidade e o sabor único desse peixe. Ele vive em águas rasas, sendo facilmente encontrado a 35 metros de profundidade. Em períodos de reprodução,  migra para águas ainda mais rasas e calmas, perto da costa, e desova em locais mais quentes.

A espécie mais comum é o chamado Bacalhau do Atlântico, que habita as costas da Noruega, Islândia, Groelândia, Mar de Barents, Labrador, Terra Nova, Nova Escócia e também as costas americanas. Já no Oceano Pacífico, são encontradas outras variedades de bacalhau, como é o caso do Macrocephalus.

O principal destino dos cardumes de bacalhau, na fase adulta, é o Arquipélago de Lofoten, região a noroeste do mar da Noruega, onde se realizam as maiores pescarias de bacalhau no mundo.

Mas é a cidade de Ålesund, também na Noruega, que é conhecida como a capital mundial do bacalhau. É lá que se encontram as maiores indústrias de transformação e um dos principais portos de exportação.

PROCESSAMENTO – Logo depois da pesca, o bacalhau passa pelo processo de secagem, resultado de processamento industrial feito com tecnologia de ponta (fotos em anexo) que garante o valor nutritivo do pescado.

A próxima etapa da preparação do peixe a ser exportado é o processo de salga, quando o bacalhau é colocado em tanques cobertos por quilos de sal e onde permanece por cerca de quatro semanas.

Durante as duas primeiras semanas, o peixe fica em salmoura. Depois, é retirado, lavado e armazenado em paletes para permanecer mais uma ou duas semanas descansando em sal. Conforme o tamanho e a espessura do peixe, chega-se a trocar o sal mais de uma vez.

Finalizada essa etapa, o pescado vai para a secagem em câmaras de ar por dois a cinco dias e, então, segue para o controle de qualidade para ser pesado, embalado e exportado em containers refrigerados entre 2 e 4 graus.

 NATURAL –  Todo o processamento do bacalhau é feito sem o uso de química ou conservantes. Além de delicioso, o peixe possui baixo teor de gordura e é rico em proteínas e mineirais; contém vitaminas A, B6 e B12;  é também uma poderosa fonte de Ômega 3. Uma vez dessalgado, o bacalhau ganha aproximadamente 35 % de volume. Por isso, rende mais.

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