Noite de degustação do primeiro vinho produzido pela importadora Domno e dos seus vinhos trazidos da Sicilia
A importadora Domno enviou, com exclusividade, três rótulos para a Revista de Luxo degustar e avaliar. Entre eles uma surpresa: Quíchua, Cabernet Sauvignon, é o primeiro vinho de marca própria, elaborado com uvas provenientes do Vale Central do Chile. Os outros dois são o Carduni e o Insolia Y, da vinícola italiana Baglio di Pianetto, elaborados na região da Sicília.
Para a degustação, elegemos o restaurante Menu, localizado na 402 Norte, em Brasília. Participaram da mesa, a editora da RL, Cris Cavalli, a colunista gastronômica, Emília Carvalho, e os apreciadores da enofilia Sônia Baiocch e o ex-jogador de basquete, Pipoka.
De acordo com as características de cada vinho, harmonizamos com os pratos da casa. O primeiro foi a recém novidade produzida pela Domno, o Cabernet Sauvignon chileno Quíchua 2013. Seus taninos são muito bem equilibrados. Apesar de ser um vinho jovem, na boca possui uma maciez, elegância e suavidade. Prefeito para entradas, com molhos agridoces, bruschetas e queijos frescos. A coloração vibra em vermelho rubi vivo. No olfato, o aroma remete a frutas vermelhas frescas, como framboesa, morango e cerejas. Algumas notas de especiarias, como as pimentas, que confirmam a característica varietal. Degustamos o vinho acompanhados de bruschetas e salada, e aprovamos o resultado.
O segundo vinho Carduni 2007, destaca-se pela harmonia entre a fruta madura e a madeira, originário damaturação de 18 meses em barricas de carvalho francês. Suas nuances agregam potencia e complexidade a este rótulo 100% Petit Verdot, por isso é um vinho intrigante que combina as características do solo, clima e variedade de uva, proporcionando uma experiência intensa e elegante. Na taça destaca-se a cor rubi profunda com bordas violeta. Seu aroma é rico e intenso, apresenta notas de ameixa, baunilha, canela, tabaco, alcaçuz e florais. Seu paladar é concentrado, bem seco e de taninos marcantes. O sabor é exótico, revelando novamente o fumo, especiarias, ervas secas e um toque de frutas vermelhas. Final de médio a prolongado. Escolhemos um prato com carne vermelha para harmonizá-lo, no qual salientou-se muito bem, por ser encorpado. Ele também pode ser harmonizado com queijos maduros e carnes de caça.
Apesar do siciliano Insolia Y 2013, não ser um vinho formatado para sobremesa, escolhemo-o para desempenhar este papel, no qual desempenhou com maestria, para nossa surpresa. Bem estruturado, equilibrado e fresco, este rótulo expressa as características particulares da uva insolia, ícone da região da Sicília, com a qual é produzido. Sua coloração é um amarelo palha brilhante. No nariz apresenta um elegante perfil frutado, com notas de melão, seguidas por nuances de frutas frescas e tropicais, como abacaxi, além de um toque floral, característico do varietal. Nas papilas é equilibrado, resultando em um vinho fresco e macio. O final de boca remeta ao aroma, resgatando as notas de frutas tropicais junto de um toque mineral. Este vinho também é indicado para acompanhar risoto de camarão, crustáceos e carnes brancas.
Conheça mais:
Quíchua 2013
“Procuramos criar um produto singular que ofereça elegância e possua um significado histórico. É uma homenagem que fazemos aos povos que ainda mantêm viva esta língua. Nosso objetivo é disponibilizar esse produto nos principais players do setor varejista”, destaca o diretor administrativo do grupo Famiglia Valduga, Jones Valduga, também diretor da Domno Brasil.
Curiosidade – Quíchua é uma importante família de línguas indígenas da América do Sul, ainda hoje falada por cerca de dez milhões de pessoas de diversos grupos étnicos da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru. Atualmente, o quíchua é a língua oficial no Peru e na Bolívia, junto com o espanhol e o aimará. A maior dificuldade para o uso mais corrente e ensino do quíchua é ausência de material escrito. Tanto o quíchua, como o aimará e as demais línguas indígenas, ainda sobrevivem na linguagem oral.
Carduni 2007
A abundância dos cardos sicilianos (família de plantas floridas semelhantes a alcachofra) chamou a atenção para o cultivo de uvas Petit Verdot, devido à elevada presença de ferro no solo onde crescem geralmente essas plantas. Por isso, o vinho Carduni tem o nome inspirado no termo usado para indicar os cardos. Na Wine Spectator, foi condecorado com 88 pontos.
Sobre a Bodega Baglio di Pianetto
A vinícola Baglio di Pianetto foi fundada em 1997 na Região da Sicília na Itália, pelo Conde Paolo Marzotto que tinha como objetivo criar um vinho que representasse a singularidade do terroir da Sicília inspirado nas tradições do Châteaux, grande vinho francês. Atualmente, a segunda e terceira gerações trabalham unidas nessa empreitada. Determinação, paixão e tradição são os valores que levaram a Baglio di Pianetto a ser uma referência no mercado de vinhos italianos.
Sobre a Domno
Localizada na cidade de Garibaldi (RS), a empresa faz parte do grupo Famiglia Valduga. É elaboradora dos espumantes Ponto Nero, já reconhecidos pelo consumidor por sua qualidade e elegância, e importadora de vinhos de alto padrão, trazendo com exclusividade para o Brasil conceituados rótulos de diferentes nacionalidades. Integram seu portfólio de importados as vinícolas argentinas Vistalba e Argento; a marca Yali da Viña Ventisquero do Chile; o grupo Enoport, de Portugal Antoine Moueix, da França; Tinedo e Frontaura y Victoria, da Espanha e as vinícolas Pietro Rinaldi, Principe Corsini, Varvaglione Vigne & Vini, Mastrojanni, Monte del Frá e Baglio di Pianetto, da Itália. Mais informações: www.domno.com.br ou Facebook.com/domno.brasil