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De Caça a Caçador

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por Ronad de Carvalho

Pronto, acabou uma etapa. Foi cansativo pra todos; candidatos, profissionais envolvidos com a eleição e sobretudo para o eleitor, que foi cortejado, seduzido, caçado e enfeitiçado por promessas de todo tipo. A boa vontade e inocência do eleitor mais uma vez ficaram evidentes. Nunca se falou tanto em mudança como nessa eleição.

Passada a euforia da disputa, muitos comemorando, outros se lamentando, é hora de fazermos uma análise crítica, sem paixões, do que realmente aconteceu no pleito. E as mudanças tão clamadas pela população, de fato não aconteceram e a se olhar atentamente o quadro de eleitos para o legislativo não devemos contar muito que acontecerão.

Foi confirmada a necessidade urgente de uma reforma política que altere esse sistema injusto e pouco democrático no qual você vota em um e elege outro. No caso específico de Brasília, tivemos para a câmara distrital, candidato com sete mil votos eleito e outro com quinze mil que ficou fora. Isso não é democrático mas a população continua alheia a esse aleijão chamado coeficiente eleitoral.

Ronald de Carvalho é um entusiasta pelo cenário político e seu destino.
Ronald de Carvalho é um entusiasta pelo cenário político e seu destino.

O mais importante agora é o eleitor deixar de ser caça e virar caçador. Visitando os gabinetes dos eleitos , não para pedir favores mas para cobrar promessas e empenho e para entender um pouco o que faz um representante do povo. Em relação ao executivo a população enviou sinais de que não aceita mais sustentar o cabide de empregos em que se transformou a máquina pública, ser atendido por funcionários comissionados incompetentes e receber serviços essenciais de péssima qualidade.

Mas isso ainda é muito pouco para os que se empolgaram com as manifestações de junho de 2013. Descobrimos que grande parte da população ainda não dá nenhuma importância ao voto e não compreende a relação deste com a vida cotidiana. Resumindo, infelizmente pouca coisa vai mudar em virtude das eleições 2014 mas temos o que comemorar, só aumenta o número de pessoas que tenta entender a mais nobre das atividades, a política.

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