You are here
Home > Colunas > Cris Cavalli Indica > Embaixada recebe vinhos portugueses

Embaixada recebe vinhos portugueses

Compartilhe:

Convidados vão a Embaixada de Portugal experimentar vinhos portugueses da Beira Interior. Cinco produtores da região que fica no centro de Portugal mostraram seus vinhos com excelente custo-benefício e encaminharam negócios na capital federal

Os vinhos portugueses da região Beira Interior se apresentaram, pela primeira vez, em Brasília, na última sexta-feira, 6 de dezembro, no auditório da Embaixada de Portugal. A prova reuniu cinco conceituados produtores da Beira Interior – Adega da Covilhã, Adega do Fundão, Quinta dos Currais, Quinta dos Termos e 2.5 Vinhos de Belmonte. Excelentes vinhos elaborados das castas: Síria, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Bastardo, Marufo, Rufete, Malvasia Fina, Arinto, Rabo de Ovelha e outras. Todos eles procuravam distribuidores em Brasília. Depois da degustação, prestigiada por mais de 300 pessoas, alguns negócios foram encaminhados e a perspectiva é que muitos rótulos da Beira Interior estejam disponíveis dos consumidores da capital federal.

Vinhos_Portugal-3782
Vinhos_Portugal-3774
Vinhos_Portugal-3605
1472779_247960308699379_351681296_n


Região da Beira Interior, em Portugal

Situada no centro de Portugal, a Beira Interior está dentro de uma denominação genérica chamada Beiras, subdividida em outras duas regiões: Beira Alta (o tradicional Dão) e a Beira Litoral (Bairrada). As castas tintas mais cultivadas na Denominação de Origem da Beira Interior, criada em 1999, unindo as regiões de Castelo Rodrigo, Cova da Beira e Pinhel, são a Tinta Roriz, Bastardo, Marufo, Rufete e Touriga Nacional. As castas brancas com maior expressão na região são a Síria, Malvasia Fina, Arinto e Rabo de Ovelha. elabora vinhos brancos reconhecidos pela sua exuberância aromática e frescor e tintos com aromas complexos a frutos silvestres e especiarias. Estas características, que contribuem para que tenham cada vez mais procura e visibilidade, devem-se à influência das serras circundantes e à altitude a que as vinhas estão plantadas, entre 400 e 700 metros. Os solos graníticos e xistosos e o clima agreste, com temperaturas negativas no Inverno e Verões muito quentes e secos, são igualmente determinantes para o carácter único destes vinhos.

“Brancos, tintos, rosados, palhetes e espumantes produzidos a partir de uma grande variedade de castas por um número cada vez maior de produtores, têm revelado todo o potencial da região, bem como a sua capacidade para evoluir e criar novos aromas e sabores”, comenta o presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), João Carvalho, proprietário da Quinta dos Termos.

Segundo ele, as exportações dos vinhos da Beira Interior têm aumentado gradualmente há quatro anos consecutivos. “O Brasil está entre os países onde que a região mais aposta e encontra preferências”, afirma.

Catarina Schobbenhaus, da Haus-Livros, Vinhos e Arte, passou de produtor em produtor e ficou bastante impressionada com os rótulos provados. “Gostei de muitos vinhos e espumantes, tanto que quero trabalhar com alguns deles no próximo ano”, diz ela. A Art Du Vin e a Adega Baco também foram outros compradores interessados nos produtos da Beira Interior. Já o importador com sede em Florianópolis da Adega da Covilhã revela que conquistou um distribuidor para Brasília, assim como João Carvalho, da Quinta dos Termos.


Características da região

A Beira Interior é a mais alta região de Portugal, berço da produção vitivinícola na época da ocupação dos romanos e desenvolvida a partir do século XII pelos monges de Cister. Situada no centro do país, entre o Rio Douro a norte e o Rio Tejo a sul, a Beira Interior faz fronteira com a Espanha e tem cerca de 16.000 hectares de vinhedos plantados.

Os vinhos da Beira Interior têm o frescor das montanhas, que formam uma paisagem selvagem e atraente cada vez mais visitada por turistas de todo o mundo em busca de uma incrível diversidade de paisagens, com serras, aldeias históricas, áreas arqueológicas, castelos, monumentos, igrejas, solares, além de muitos vinhedos.

As vinícolas cooperativas elaboram quase todo o vinho da região, que têm apostado a internacionalização dos seus vinhos, incentivando a aparição de pequenos e médios produtores. A exportação já alcança aproximadamente 30 países. São mais de 500 mil garrafas, compradas especialmente por Estados Unidos, Canadá, Brasil e Angola.

Crédito das fotos em anexo: Ronald Guido e Rachel Alves

Compartilhe:
Top